Raio de Luz


4º Episódio
Opinião do Autor:

Quando estamos em um espaço mais vulnerável do que o normal. Mas sentimos a integridade da amizade. Podemos ver que elas suprem as necessidades da criatividade, do afeto, da aceitação.
Eu faço-me sempre uma pergunta-chave:
Quais as necessidades prioritárias em uma amizade? As minhas ou as de meus amigos?
A necessidade do personagem dessa história é inusitada;
Não teremos que suprir nada parecido; Mas voce já parou pra pensar;
Qual será a necessidade prioritária do seu amigo?



Capitulo I

O dia mal amanheceu e Elessar chegou autoritário e aborrecido com a enrolação que assistia entre “os amigos”

= Onde estão todos? E não me façam ler suas mentes. Odeio quando é preciso fazer isso. Tínhamos apenas dois dias para organizarmos a expedição com a união de todos. Vamos perder a força da lua! O que está havendo com voces? Desistiram de quebrar o feitiço do tigre? Deveriam ter-me avisado então. Onde estão Magno Sigel e Dseyvar?

Dedylson deu um passo à frente temente que o Elfo lesse sua mente. E disse aparentando o mais descontraído possível.

- Não desistimos Elessar! Meu filho e a Elfa Sigel saíram em uma missão que parecia ser bem rápida. Já deveriam ter voltado, mas logo eles aparecem. Os dois são muito responsáveis. E Sigel não é um elfo tradicional, ela se importa muito com todos e com tudo e o...

= O que quer dizer com isso Cigano? Que nós elfos somos insensíveis?

- Não Elessar! Assim como Sigel! Voce a jovem Sitaara, o meio elfo Dseyvar já nos provaram suas compaixões. E...

= Não o chame assim Cigano!

Elessar falou chegando bem próximo a Dedylson olhando-o de cima. Dedylson achou melhor não falar mais nada. Procurar desculpas estava tornando as coisas piores. Elessar perguntou com energia:

= Onde está Sigel? Sou responsável por ela! Sigel não deve fazer nada sem que eu saiba. Combinamos isso... Vou encontrá-la! Diga-me onde forem..

Nesse exato momento chegou ao acampamento por um portal... Duas fêmeas... Elas chegaram um tanto destrambelhadas e tontas devido a viagem entre mundos. Uma era uma bela fêmea... Que a principio, eles pensaram que fosse uma Elfa. Por possuir lãs prateadas, entretanto, mesmo sendo alta para os padrões humanos. Ela não era tão alta para os padrões dos elfos. O que os fez confundir foi a sua arma, uma alabarda especial, pois era bem grande. Elessar tomou a frente quando viu a fêmea armada e criou uma barreira invisível entre ela e os ciganos.

A outra era uma jovem humana de cabelos dourados, esbelta, não tão alta e usava vestes de malha que aderiam ao corpo, mostrando seus belos contornos. Olhos azuis como o céu de verão. Ela se agarrou a outra para se firmar e as duas se aproximaram olhando encantadas o belo Elfo. Só conheciam elfos pelas histórias.

Quando esticaram as mãos para se apresentar foram impedidas pela barreira invisível e ficaram assustadas achando que o que estavam presenciando fosse uma simples visão causada pela viagem por um portal sobre mundos.

Ao ter certeza que as duas estavam sozinhas Elessar retirou a barreira e se aproximou, entrou nas mentes delas para descobrir o idioma. A seguir, com a mão esquerda no peito fez uma reverência e disse gentil como sempre:

= Saúdo-as belas humanas! Sou Elendil Elessar! O que desejam em meu Reino? Quem são voces?

As fêmeas ainda atordoadas diante de um genuíno elfo não conseguiam dizer uma só palavra... Depois de um tempo a mais velha disse:

- Seu... Reino? Eu não estou no acampamento do cigano Dedylson?

= Sim senhorita esse é Dedylson!

Falou Elessar apontando o Cigano que se aproximou um pouco confuso diante dos olhares de todos. A fêmea humana que disse procura-lo, parecia vestida para uma batalha: com calças de couro, botas de cano longo, corpete de couro cru com cintos para carregar alforjes, a bainha de um “florete” de prata e compartimentos para gemas, luvas longas de couro e proteção para os braços também de couro cru contra cortes. Além de sua alabarda e o “florete”, ela carregava uma espada longa nas costas. Dedylson se aproximou olhando todas aquelas armas e perguntou:

- Porque esta me procurando moça voce me conhece?

♥ - Não! Mas conheço alguém que me disse que se eu precisasse da ajuda dele deveria lhe procurar. Existem feiticeiros atrás dele. Desculpem-me a falta de tato! Eu nunca vi um elfo e fiquei encantada. Sou a embaixadora de “Sabusameer”’ em Zoran e tenho uma missão para; “O Demônio da Espada Negra”. Pode me ajudar senhor Dedylson?

Dedylson olhou para Elessar que balançou os ombros... Depois afirmou:

= Se voce não puder encontrar essa pessoa de quem ela fala, eu poderei ajudar no que for preciso. De que se trata senhora Embaixadora?

Antes que ela pudesse explicar o Cigano falou apreensivo:

- Não amigo Elessar! Essas pessoas de Zoran lidam com feiticeiros e não queremos perder voce outra vez.

= Cigano! Não posso me esconder por medo de feiticeiros! Sou um líder!

- Por isso mesmo Elessar precisamos de voce. Deixa-me fazer contato com o meu amigo. Conforme for pediremos ajuda a voce.

♥ - Senhor Elfo! Se eu não encontrar meu amigo eu mesmo lhe chamarei é uma emergência. Mas ouça seu amigo cigano por enquanto!

Elessar sorriu ao ver a decisão da fêmea! Assentiu com a cabeça e se despediu com sua costumeira reverência e ia saindo quando a outra humana falou.

☻- Senhor Elfo!

= Sim! Disse Elessar girando no salto da bota e ficando de frente para ela. = O que deseja jovem? - continuou o elfo

☻- Meu nome é Nikkar! Sou amiga da Embaixadora! Não a repare. Ela não é sempre assim tão sisuda! Quando está em Zoran veste-se luxuosamente com vestidos brancos e dourados e fala manso. É uma bela visão. Só veste a armadura do corpo e da alma quando está a “trabalho”.

= Não se preocupe querida Nikkar! Eu gostei da Embaixadora em suas vestes de trabalho e com sua armadura de alma.

Disse Elessar colocando o cabelo da Nikkar atrás da orelha e beijando sua testa antes de ir embora.

A moça fingiu um desmaio caindo nos braços da amiga e dizendo.

☻- Oh ele é maravilhoso. E é um Elfo!

Nikkar é magra, com curvas perfeitas, tem o corpo de uma jovem menina.
Resultado de imagem para Loirinha de cabelos lisos deviantart
Mas sua idade são vinte e dois anos. Tem a personalidade de uma menina 
alegre, otimista e carismática. Também faz parte da personalidade dela, 
o fato de estar sempre à procura de tentar "fazer o certo"!
 Quando está cercada por pessoas hostis. 
Nikkar veste essa sua alegria como uma máscara, 
pois apesar de ser uma boa pessoa, também é boa com palavras. 
Ela é leal otimista e amistosa, mas se precisar também é sádica, 
com humor indelicado e é muito emotiva.

Enquanto esperávamos Dedylson que foi para sua tenda:  
O telefone tocou insistente na casa de Antony:
Saiu do meio dos lençóis uma bela mão masculina e preguiçosa... Pegou o telefone no criado mudo e com a voz mais preguiçosa ainda disse:

♦ - Alô! Antony Marsh... O que deseja?

Ele falou preguiçoso, deixou o telefone em cima do ouvido deitou a cabeça de lado e ficou ouvido e esperando a resposta de olhos fechados. Do outro lado uma voz masculina eufórica comunicou:

- Antony acorda! Sou eu Dedylson! Tem uma bela mulher aqui querendo saber de voce.

♦ - Ah não! Ainda é madrugada! Me d....

Perai! Cê tá de brincadeira Cigano duma figa! Como uma mulher vai me procurar num acampamento cigano embrenhado na “Floresta Negra” de Laht? Esse lugar nem existe no mapa. Ah! Me deixa dormir Cigano!.

- Antony para de preguiça, são quase oito horas da manhã! Voce precisa vir rápido ela disse que tem um caso pra voce.

♦ - Nem vem Dedylson! Me deitei as cinco da manhã... Tem que ser muito sério!

- Voce está sentado Antony?

♦- Não cigano! To deitado! O quê que foi?

- A Mulher mencionou “O Demônio da Espada Negra” e disse que veio de Zoran. Ela é alta para os padrões humanos e não tão alta para os padrões dos elfos. Mas têm cabelos platinados lisos olhos claros, Eu até pensei que fosse uma Elfa.

♦ - Por essas características eu diria até se tratar da Yaskara, mas ela não tem cabelos platinados e está morta Dedylson.

- É sério Antony! A mulher me disse que é a embaixadora de “Sabusameer! Ela carrega uma Alabarda tão grande que parece até um demônio “Berzerk”

Antony parou de respirar, sentiu tontura, seu tórax doeu... Levantou-se devagar, com as mãos por baixo do peito...Colocou as pernas para fora da cama com movimentos lentos e respirando firme: Inspirando, expirando, para acalmar-se. A dor estava muito forte, aguda!
Do outro lado a voz insistente de Dedylson chamava por ele. Mas Antony não ouvia. O grito calado do seu peito não encontrava eco.
Não existia ressonância entre o que ele pensava e o que ele dizia... Eram palavras de alento a si mesmo... Palavras que ele queria acreditar... Precisava acreditar.

♦ - Voce vive egípcia! Yaskara esta viva meu Deus!

Conseguiu chegar até o banheiro, molhou o rosto... Passou a mão molhada nas lãs colocando-as bem para trás e perguntou para o reflexo do humano em agonia de dor no peito que ele via no espelho:

♦ - Seria verdade? Eu poderia crer que Yaskara esta viva? Mesmo depois de deixa-la inerte daquele jeito nos braços do pai? Ela vive?

Com movimentos rápidos correu uma grande porta na parede, foi até o Closet pegou algumas roupas, colocou de qualquer jeito numa mochila, vestiu um Jeans velho, camisetas e uma jaqueta de couro, calçou botas, colocou um boné e óculos escuros.

Foi até a sala carregando a mochila correu outra porta, dessa vez na estante grande de mogno onde tinha um compartimento secreto e pegou sua “espada negra” Fechou o compartimento escondeu com uns livros apanhou as chaves da moto trancou a porta e desceu pelo elevador até a garagem. Em minutos saiu em disparada com sua Kasinski GTR 250 Street Fighter: customizada.
Não pensem que ele foi para Laht de moto. Claro que não, ele levaria no mínimo um ano para chegar. Ele foi até a montanha em uma caverna que não mencionarei por forças de proteção e em minutos estava em Laht. Apenas amigos confiáveis tem esse portal.

Capitulo II 

Enquanto isso Dseyvar estava seguindo os rastros de Magno e eu, por pedido sigiloso do cigano Dedylson. Nós já deveríamos ter voltado antes do nascer do sol assim que a lua cheia enfraquecesse seus raios magnéticos sobre a terra. Mas até aquele momento nenhuma noticia nossa chegou ao acampamento.

Estória de fundo

No dia que Magno pediu ao Kaku para me acompanhar. Enquanto o velho cigano ficou em silêncio. Ele pensou em um meio de ter certeza de que o plano teria sucesso. No dia seguinte, depois de idealizar o plano com segurança em sua cabeça.
Mandou chamar o Cigano e explicou tudo que ele deveria fazer: e disse a ele que de maneira alguma ele poderia intervir na quebra do feitiço, mas que tinha uma maneira de me ajudar e que os riscos que ele sabia que aconteceriam, seriam menores se ele fizesse exatamente o que ele estava dizendo.

Magno me acompanharia e faria tudo como foi feito. Mas o Kaku sabia que não teria como eu não ser ferida pela “besta do Lenhador”  Um Lycan acostumado com a “Floresta negra” um destruidor como ele com certeza teria vantagem sobre mim, que mesmo na forma da “besta dourada” usava meus instintos de Elfa e não os do lobo. 
Ele previu várias mordidas, feridas com as garras...  O que me deixaria na forma insana da besta, sem minhas faculdades mentais. 

Então pediu ao Magno que fizesse umas coisas que ficaram só entre eles dois e arrumasse um Arco que ele confeccionaria as flechas... Se ele pedisse a um elfo levantaria suspeitas e eles iriam dissuadir-me a não fazer ou tentariam interagir. O que não daria certo. 
Sem contar que se eles me dissuadissem, eu não poderia acompanha-los na busca pelo portal, porque com a alma infestada com a magia da ”besta” eu não conseguiria passar pelo “portal dos anjos”.  Então, Dedylson teve a ideia de emprestar ao Cigano a sua Besta e o Kaku providenciou as flechas de prata. 

Ele mandou que  Magno ficasse por perto e atento.  Para não deixar que eu me transformasse totalmente na fera insana, porque assim não teria mais volta.
Magno ficou atento às voltas que eu dava, porque eu estava perdendo a minha sanidade  e não lembrava mais quantas voltas eu havia dado com o Lycan ao meu encalço.

Teria que ser feito da seguinte forma:  Após ter conseguido as nove voltas ao redor do altar, as duas bestas teriam que tomar o mel que ficou entre as velas todo tempo. “Nessa hora o Cigano deveria atirar a flecha de prata, o que faria a besta do Lenhador adormecer". 
Enquanto a besta tivesse mutando não atacaria  e poderíamos força-la a tomar a parte do mel antes que voltasse a ser humano novamente.  E logo a seguir eu tomaria a minha parte do favo. 
Depois de tomado o mel do altar eu apagaria as velas e a fogueira.  E estaria desfeita a maldição.
Precisaria somente esperar o efeito da lua passar.  Como o céu estava limpo e não havia nuvens, ocorreria quando a força da lua sobre a terra perdesse sua magnitude.

Acontece que eu já não pensava mais por mim...  A força mágica da besta estava tomando meus sentidos e Magno percebeu que não daria certo como o planejado! 
Com a ira bestial que tomava conta de mim...  Ele iria atirar a flecha na “besta”, mas com certeza, eu não iria pensar em dar nenhum mel a ele. Iria querer destruí-la.

Como meu adorado Magno é precavido: tinha feito uma cova funda e estreita perto do local escolhido para o altar. Assim que ele atirou em mim, transformou-se no “Sunahara” E levou o Lycan até a cova...  Fazendo-o segui-lo. Assim que a besta caiu e ficou presa porque havia pouco espaço na cova para ela se movimentar. Sunahara voltou apanhou o um pote de mel no altar e retornou ao Lycan. Ficou na beirada da cova instigando a fera...  Quando ela abriu a boca ele despejou o mel...
 A fera grunhiu e abaixou as orelhas.

“Sunahara” voltou bem rápido mutou para o cigano...  Eu já estava quase completamente transformada. Ele me deu a minha parte do mel... Eu terminei a mutação. Ele me segurou firme por baixo dos braços para eu apagar as velas. Me carregando assim e com a flecha presa na nuca ele me levou até onde tínhamos cavado previamente, porque precisaríamos da terra para apagar o fogo...  Com muito esforço eu apaguei a fogueira, doía toda minha coluna e atrapalhava os movimentos das pernas. Quando terminamos de fazer tudo. Eu amoleci já sem forças...  Ele finalmente falou:

- Sigel! Minha querida! Por Santa Clara! Fica comigo. Não posso retirar a flecha ou posso te deixar paralitica, Mas sei quem pode e vou levá-la.

E diante de mim se transformou no Elfo Lorian, em seguida no Vampiro Ettore me pegou nos braços e transportou-me. Eu perdi os sentidos. A dor era muito forte...  Até para um elfo...

Acordei em um grande aposento sete dias depois. Olhei para o teto, não conhecia, não sabia onde eu estava o aposento era iluminado com uma fraca lâmpada de neon vermelho na cabeceira da cama. Tudo em volta era muito luxuoso, mas sombrio. Era como se eu estivesse em um aposento de alguém muito triste. Não tinha espelhos nem quadros...

Tentei levantar...  Mas...  Eu estava presa a cama. Não sabia se esperava ou se chamava alguém. Ainda não estava lembrando-me do acontecido para eu estar ali... Entretanto meus instintos diziam que se eu estava amarrada era por um motivo muito forte...  Então emiti um som que sai da garganta, bem sonoro e agudo. (herança dos meus tempos de sereias). Imediatamente como que trazido pelo som, me apareceu a sombra de um humano que ficou na frente da luz deixando o aposento escuro e disse com a voz calma e pausada:

- Como voce está raio de luz?

- Ettore!!!

Eu falei feliz quase num grito e ouvi outra voz de alguém que estava ali numa cadeira ao meu lado, mas que eu ainda não tinha visto.

- Sim Elfa! Ettore! Ele ficou todo tempo aqui com voce! Só foi ao acampamento dar notícias.

- Last!! Que bom ouvir voces. Estava me sentindo tão perdida como quando eu era cria e precisavam me esconder para não ser estuprada.

Resultado de imagemOs dois chegaram junto de mim... Eram lindos. Um a cópia do outro com a diferença das lãs. Eram como se fosse a noite e o dia...

E eu os amava tanto. Last pediu que eu não me movesse até que Elessar chegasse para ver se o trabalho dele tinha tido sucesso. 
Perguntei sobre o que falavam e Ettore me contou tudo.
 Eu perguntei sobre Adriem. Eu não queria que nada de pior houvesse acontecido a ele. Adriem não tinha culpa do ser que era. Ettore me disse que ele saiu da cova como humano.

Last deixou-me com Ettore e foi buscar Elessar... Que chegou esbanjando gritos de irresponsáveis para com os dois, porque esconderam dele algo tão terrível, que o Kaku ia se ver com ele. Que eu poderia estar morta e bla, bla, ba... Mas assim que me viu se calou e disse;

= Por Elentari! Sigel voce voltou!

E se precipitou sobre meu corpo para um abraço sendo impedido por Last e Ettore. Eles disseram

- Elfo não toque nela! Sigel não pode mover-se antes que voce a examine.

Elessar que já estava com o joelho sobre a cama... levantou-se arrumando-se e sorrindo feliz..
Habitou-me... Foi a sensação mais gostosa que eu já senti na vida depois da lembrança que eu tinha do abraço de minha mãe. A sensação do carinho, proteção, preocupação, cuidado, felicidade... Era amor! O amor que só as mães conseguem transmitir!
 Quando o espirito do Elfo saiu de mim ele disse feliz.

= Todas as estruturas ósseas, nervosas, musculares cartilaginosas e celulares estão em perfeito estado! Gratidão Last Gratidão Magno! Nada que eu diga poderá demonstrar a gratidão do meu coração.

Last e Ettore disseram que não carecia de agradecimentos que eles também estavam felizes. No fim Ettore disse:

- Conta para ela Elessar! Não contamos ainda.

= Mas voces têm todo esse direito!

- Pode até ser mais preferimos que voce faça Elfo.

Após Last terminar aquela frase meu coração disparou... Será que eles iriam me dizer que eu não poderia mais andar? Se fosse isso eu preferiria que me tivessem deixado ir. Pensei em libertar meu espirito... Last me desamarrou com carinho. Eu esfreguei as mãos que estavam dormentes por meus braços estarem sem movimentos. Elessar me segurou pelos ombros, me colocando na posição sentada e disse.

- Sigel olhe em meus olhos!

COMO EU IRIA FAZER AQUILO? OLHAR NOS OLHOS DE ELESSAR... 
Ele me encarou... Dos olhos dele surgiram duas estrelas que giraram diante de mim... 
Por segundos me senti flutuar, em seguida os olhos dele ficaram claros como as águas do rio e eu... Eu me vi em seus olhos. Eu havia voltado realmente!! Num impulso de felicidade me joguei nos braços dele trazendo junto ao impulso uma cascata de lãs douradas que cobriram seus ombros. Elessar chamou os dois e nos abraçamos. Por um longo momento ficamos ali em silêncio Depois eu disse:

- Obrigada Magno, Lorian. Ettore Sunahara! Sem voce eu teria morrido como uma criação do Lenhador.

- Last te salvou Sigel.

- O que é isso Ettore! Se voce não a trouxesse em perfeito estado agora Sigel seria um Vampiro. Porque eu não iria permitir que Minha amiga morresse. Mesmo que depois ela me odiasse.


= Voce faria isso Last?

- Faria Elessar! Mesmo que depois fosse caçado por voce.

Para acalmar aquilo que percebi que viraria uma discução depois de ter sido tão bom eu falei:

- Hey pessoal! Eu estou aqui. Quero passear com os três. Vamos até um lugar diferente.

= Diferente?

- Sim Elessar! Vamos ver nosso amigo se alimentar de um humano.

- O que houve com voce? Enlouqueceu Sigel.

Não Ettore! Todos voces sabem que têm um amigo Vampiro. Quando precisam, correm até ele.  Mas ficam com essa discriminação por ele se alimentar de sangue.

Falando de Magno: Foi fácil separar para ele o sangue do javali na nossa noite na fogueira!

Falando de Elessar: Foi fácil agradecer quando ele diante de todo o contra, acreditou que voce estava dentro do demônio e perfeito como voce era.

Agora quero que estejamos todos juntos para vê-lo alimentar-se dignamente como o Vampiro que é.

Os três ficaram em silêncio depois Elessar levantou-se e disse.

= Faça-se bela!

Last me levou a um aposento feminino pegou no armário um vestido de voal transparente, longo e me deu para usá-lo apenas com as vestes intimas de baixo. Parecia ser feito para mim, caiu perfeito. Os seios ficavam aparecendo na transparência do vestido vermelho Sangue. Last penteou minhas lãs em uma trança embutida escondendo as orelhas... Ettore trouxe o perfume e Last disse: levantando a mão.

- Não! Deixe-a com o cheiro dela!

Depois com um estalar de dedos me calçou com sapatos de saltos finos. Elessar e Ettore se vestiram  elegantes e exóticos como Last com Blazers negros . Nos demos a mão e zup...
Chegamos a uma festa linda! Onde todos nos olhavam! Éramos diferentes. As fêmeas rodeavam Elessar e Ettore. Eu era a companhia de Last. Elessar perguntou:

= Onde estamos?

Last respondeu enquanto servia-nos uma taça de champanhe.

- Na festa de aniversario do Loui de Pointe du lac!


= Mas é o amigo de Lestat Liouncourt!

-Sim! Mas não é uma festa de vampiros. É uma festa para um Vampiro! Sigel pediu um lugar diferente! Aqui estamos! Querida escolha a minha prenda.

- Qualquer uma?

Sim! Quem voce quiser.

Eu comecei a vagar pelo salão! Olhava todos, as fêmeas, os machos. Eles estavam ali naquela festa, mas estava pouco ligando para o aniversariante... Eu sentia hostilidade naquelas pessoas que só queriam o Status e aparecer nos jornais. Eu pensei em como era triste o universo dos humanos.  Resolvi não escolher nenhum deles. Andei até uma sacada, eu não queria oferecer aqueles “alimentos estragados” a quem fez tudo para me manter viva e perfeita. Na sacada tinha um jovem humano de lãs douradas segurando um copo e olhando para longe. Eu fui até lá porque eu queria respirar ar fresco. Aquele ambiente de pessoas falsas me faziam mal. Ao me aproximar daquele humano ali sozinho, mas sem pensamentos mesquinhos... Senti que vinha algo bom dele.. Cheguei junto a sacada e olhei para baixo. Ao ver-me apenas com aquelas vestes finas e de alças finíssimas. Ele retirou seu casaco e me ofereceu dizendo gentil:

◘ - Está frio senhorita use meu casaco.

Eu disse que não sentia frio, mas ele insistiu, cobriu meus ombros e costas com seu casaco e voltou para sacada. Mentalmente eu chamei Last. Ele perguntou se eu havia escolhido e eu assenti com a cabeça;. Logo a seguir, os três chegaram juntos de nós. O humano olhou para Elessar e para os vampiros depois olhou para mim. E disse:

◘ - Nunca vi pessoas tão... err... Bonitas na cidade. Voces são parentes.

Ettore respondeu que sim. Que éramos irmãos. Last havia escondido muito bem nossas orelhas pontudas sobre as lãs para que pudéssemos circular sem sermos abordados por sermos diferentes.
Ettore falou;

- Nos vamos dar uma volta lá em baixo. Quer ir conosco? Voce está sozinho aqui.

O humano disse que sim, que tinha ido a festa com uns amigos, mas que eles estavam bebendo muito e ele só bebia socialmente. E realmente o copo dele estava ainda na metade.

Descemos os quatro e demos umas voltas pelos arredores da mansão de Louis quando estávamos bem longe da visão de outros. Last me abraçou por trás... Eu me assustei, mas mantive-me firme! 
E com receio que Elessar revidasse, olhei-o nos olhos e o permiti ler meus pensamentos para saber que eu estava consciente e não estava hipnotizada. 

O humano olhava espantado, mas em silêncio e de boca aberta. O meu “irmão” acariciando meu ventre, descendo as mãos pelos quadris e indo até as coxas... De repente sem que eu esperasse, Elessar e Ettore chegaram ao lado pegaram minhas mãos e colaram em seus tórax... 
Os três estavam usando Blazer's sem camisas por baixo... 

Elessar e Ettore soltaram os botões das vestes deixando seus abdomens definidos a mostra e eu corri a mão por eles. Os olhos do humano brilharam e ele babou. Visivelmente excitado. Last falou no meu ouvido. Ele está pronto... E soltou-me nos braços dos dois e se encaminhou até o humano que paralisado olhava Last nos olhos enquanto ele se aproximava devagar.

O Vampiro chegou perto dele estalou os dedos e o humano continuava paralisado olhando para mim e os meus companheiros. Last passou por trás dele para nos dar a visão. 
Segurou-o pelas lãs, passou o braço esquerdo por baixo do braço dele e prendeu o corpo dele pelo abdômen. A seguir os olhos de Last ficaram totalmente brancos. 

O Vampiro sem parar de nos olhar abriu a boca escancarada com as presas bem afloradas e abocanhou o pescoço do humano que fechou os olhos, abriu a boca levemente e gemeu sentindo muito prazer. Nesse momento Elessar que sabe que seu amigo Vampiro a muito tempo não se alimentava de sangue humano sentiu receio e apertou minha mão. Ettore colocou a mão no ombro dele para tranquiliza-lo. O humano dobrou os joelhos... Elessar se preparou... Ettore o segurou... Eu confiava no Last.

Last retirou a boca do pescoço do Humano... Tinha somente um risquinho de sangue do lado no lábio inferior. Ele pegou o lenço no bolso ainda segurando o humano pela cintura limpou o pescoço dele, lambeu os lábios em seguida sem largar o humano furou o pulso virou a cabeça do humano e deixou pingar o sangue que saia do pulso na boca do humano, só algumas gotas... 

Minutos depois a cicatriz no pescoço tinha sumido. Nos quatro nos comportamos. E Last estalou os dedos. O Humano despertou e disse;

◘ - Acho que bebi demais. Me sinto um pouco tonto.

Last falou que logo iria passar, pediu para que ele respirasse fundo... Depois o chamamos para voltar a festa. Entramos os cinco na festa. O humano imediatamente tirou uma moça para dançar. E sorria feliz. Eu perguntei ao Last o que deu nele. Last repondeu.

- A Adrenalina dele está em alta. O sangue dele corre mais rápido nas veias devido aos meus anticorpos.

Eu olhei para Last e disse;

- A sua adrenalina também está em alta. Voce nunca esteve tão belo!

Last ficou com as bochechas coradas. E eu perguntei:

- Isso é bom Last;

Ele respirou fundo lambeu os lábios e disse:

- Maravilhoso!

Eu pergunte, como ele conseguia se controlar se era tão bom beber o sangue dos humanos e ele vivia entre milhares de humanos. Ele respondeu.

- Porque eu tenho um Anjo dentro de mim!

E eu não bebo o sangue deles! A primeira gota que chega a minha língua é o suficiente! Então eu retraio as presas e naquela espécie de "beijo no pescoço" que voces assistiram, eu retiro energia do sangue que passa por ali. 
O sangue não para de correr nunca enquanto uma pessoa está viva, ele circula continuamente em um corpo e eu absorvo a energia que o coração produz e o sangue carrega. É gratificante a energia que ele trás até minha boca. É vida. E o humano fica bem. Com um pouco mais de força. Que eles descobrem depois.

--Foi muito bom voce ter escolhido bem Sigel! Se eu dou força a um humano ruim ele usa isso para o mal.


Elessar pediu desculpa por ter ficado apreensivo. Last disse que compreendia. E que aquilo fazia parte da amizade que o elfo nutria por ele. Porque Elessar sabe o quanto seria ruim para ele se ele matasse um humano que lhe deu vida. Depois acrescentou:

- Vamos para casa! Já tivemos muita Adrenalina por hoje...

Rimos gostosamente e voltamos para Laht. Nesse dia eu ainda permaneci na mansão. Magno ficou comigo. No dia seguinte Ele mutou para "Sunahara" e eu o cavalguei pela "Floresta Negra" Eram suas últimas carreiras como "Sunahara"  Me alegrava quando eu via felizes os elfos que me viam dourada como quando cheguei. Eu não via a hora de contar ao Kaku por tudo que passei.
Quando os ciganos ouviram o rugido do tigre e foram olhar encontraram uma Elfa de lãs douradas e seu amigo Tigre... Rondando de longe o acampamento.

Estavamos nos arredores do acampamento com receio de chegar por ver pessoas estranhas...

Quem seria aquelas humanas tão bem chegadas ao acampamento cigano? Parecia que foram trazidas por Antony. Ele também estava no acampamento....









====================================================== Uma das melhores coisas nessas aventuras, são os amigos! Conversar, rir e fazer coisas com quem nós gostamos e que nos compreende;.

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