As Ruínas de Zoran

2º Episódio

Opinião do autor:

A Vingança envenena aos poucos a alma!
Pelo simples fato de não haver nada depois de cumprir a vingança.
Aquele que jura vingar-se de alguém que lhe causou mal, a todo e qualquer custo..
Termina por jogar fora a sua perspectiva de vida. Para ser mais exata: faz da sua própria vida "um lixo". Porque nada mais, tem ou faz sentido a não ser a grande vingança. A não ser a espera pela hora de estar satisfeito por ter pago com a mesma moeda ou por um preço ainda maior. Há quem diga que a vingança é nobre! Na minha humilde opinião, não existe nenhuma nobreza em se vingar de alguém. Seja qual for o motivo! 
Já teve ocasiões de eu ouvir uma grande parcela da sociedade dizer que está de acordo com a tal "vingança nobre" e que se sentem  beneficiadas.
Aquele que jura vingança, geralmente não pensa em como ficará a sua vida, depois da vingança ser cumprida... E a cada dia que se passa, essa obsessão, acaba dominando todo seu foco, estratégias, perspectivas e planos. Além da vingança servir apenas para destruir, a vida do vingador e do causador... Ela causará uma sensação de vazio porque o objeto da vingança  não retornará....

Capitulo I

- Antony?

Eu perguntei e Dedylson respondeu:

- Sim! É o amigo que eu esperava e que não aparecia! Está morto Sigel...

Corremos para junto do Humano que desfaleceu assim que chegou. O Cigano estava preocupado e muito nervoso. Mas o seu amigo não estava morto. Tinha sangue para todo lado, mas ainda respirava.
Dedylson e eu o carregamos para a beira do rio que ficava bem distante da onde estávamos, mas eu precisava da água para usar a cura que aprendi com Elessar... 
Chegamos à beira do rio e o despimos rapidamente, deixando-o apenas com as vestes intimas. 
O Humano estava com três perfurações abdominais que sangravam muito, vários cortes feitos com lâminas afiadas e uma pancada no alto da cabeça. Mas não estava quebrada! Somente o braço esquerdo estava com uma grave luxação que parecia ter sido torcido. Enquanto eu o lavava pedi ao Cigano que pegasse folhas de "angico" para eu estancar o sangue.

Assim que o Cigano chegou esbaforido de tanto correr. (eu poderia ter ido e deixado Dedylson lavando o amigo, mas eu sabia os pontos exatos que precisava pressionar para ajudar na cicatrização e fechamento dos vasos sanguíneos.) Peguei um punhado de "Angico" e mastiguei (era mais rápido que macerar ou socar) E fui enfiando nas perfurações, sem parar de mastiga-las, pois eu precisava de bastante. 
O Cigano me ajudou pressionando os locais aonde eu indicava.

Mais ou menos uma hora depois o sangramento parou definitivamente. O organismo dele inflado de energias que eu invoquei de Gaya começou a reparar os danos através da cicatrização: fazendo o sangue coagular na superfície da pele, ressecando em contato com o ar e formando uma película impermeável que impedia a perda sanguínea.
Eu continuei bombardeando-o com energias para que as células se multiplicassem rapidamente repondo o tecido que foi lesionado.

Quando a noite chegou e ele acordou, suas lesões já estavam quase fechadas. Ele ainda sentia dores, porque eu não cuidei dessa parte. O sangramento era prioridade. Dedylson apanhou em sua bolsa uma manta e deu a seu amigo para se cobrir, porque a lua cheia trouxe ventos frios.

Após alguns instantes ainda confusos, o amigo do Cigano começou a identificar com clareza o que havia acontecido. Depois de tomar um pouco de café com pão que o Cigano levava na bolsa e umas frutas da minha sacola. O humano já refeito, agradeceu minha lida em curá-lo.
 Dedylson nos apresentou. Ele disse que seu nome era Antony de Marsh! Que outrora foi  um mercenário que fazia tarefas para quem pagasse melhor. Mas que havia se tornado um Justiceiro depois que mataram seu pai na sua frente. Ele começou a nos contar o que se passou antes de chagar a Laht.

♦- Dedylson se lembra daquelas ruínas que podiam ser avistadas das montanhas de Zoran? 
Resultado de imagem- Lembro sim! Nos escondemos naquelas montanhas diversas vezes.

♦- Eu segui o assassino de meu pai até elas. Aquelas ruínas escondiam uma rica cidade.
Foi uma difícil jornada chegar até lá. No meio do caminho encontrei uma guerreira de nome Yaskara! Ela era uma egípcia alta, corpulenta, com curvas acentuadas e as mãos ligeiras como as serpentes. Uma moça com a mente atribulada. Que tinha uma única certeza: Reaver as terras de seu pai que foram tiradas dele por seu tio. 

Porém por algum motivo ela sabia que não havia muitos passos a serem dados pelo malfadado “Castelo Sabusameer”! Não que esse conhecimento fosse mudar qualquer coisa, nem que fosse ajuda-la a chegar a ele. Mesmo assim ela colheu o máximo de informação antes de pisar na sua terra natal novamente. Eu fiquei com dó. Ela estava mais atribulada e obstinada do que eu e ainda tinha a vantagem de ter seu pai vivo, mesmo que em um calabouço. Então resolvi ajuda-la. Para meu espanto! As terras de que ela me falava eram exatamente as ruínas de Zoran...

Antes de começarmos novamente a viagem paramos em uma estalagem para um banho, para dormir em uma cama confortável e comprar alguns alimentos etc.. Estávamos sentados tomando uma cerveja quando notamos ao mesmo tempo, que um cara estranho com um olhar perscrutador que estava bebendo encostado no balcão, não tirava os olhos de nós. Ele era grande e feio com seu chapéu de Cowboy.

Depois de lançarmos um olhar rápido para ele voltamos a conversar fingindo que não vimos. Com “rabo de olho” percebi que ele estava se aproximando e cutuquei Yaskara por baixo da mesa com o pé... Ela disfarçou se concentrando nos seus nacos de queijo e... Ele se sentou em nossa mesa e falou:

- Aposto que voces estão indo para Zoran!

Yaskara e eu nos olhamos em silêncio e ele disse:

- Esse silêncio confirma minha desconfiança. Ou teriam dito: Não!

♦- Porque te interessa aonde vamos? Nem nos conhece.

- Posso ajudar a voces a entrem em Zoran!

♥ - O que voce vai pedir em troca?

Perguntou Yaskara desconfiada e ele respondeu.

- Preciso de voces para um serviço. Matar um verdadeiro monstro. Alguém que matou minha família, mas eu não sou guerreiro e não sei lutar. Somente alguém assim como voces poderia fazer.

♦ - Onde esse monstro está? perguntei enquanto degustava meu naco de queijo.

- Está em Said! Posso pagar bem!

♦- Said... Said é minha terra natal... De quem voce fala? 

Eu falei quase engasgando com a surpresa. Yaskara percebendo que eu tive um abalo falou:

♥- Ajudar-nos a entrar em Zoran já é o suficiente. Estou certa Antony?

♦ - Certíssima Yaskara!.

Respondi afirmativamente, mas estava meio confuso... E assim fomos primeiro para Zoran depois de que o homem nos deu as coordenadas do local onde eu iria encontrar o tal "monstro". Eu não estava gostando nada desse "monstro" estar tão perto da minha cidade. Mas trato é trato!

Tivemos que lutar muito para entrar em Zoran, mesmo com as coordenadas. Era um local guardado por soldados dispostos a tudo para protegerem o "Marajá". Mas eu não me importava! Matei muitos dos homens do "Marajá" até conseguir ultrapassar as ruínas que escondiam a cidade.
O sangue que encharcava a lâmina da minha espada para mim era como um prêmio.

Ali entre aqueles homens estavam os que por ordem do assassino haviam capturado meu pai para usar magia negra contra a vontade dele. Depois do assassinato do meu pai na minha presença enquanto eu estava sendo seguro por soldados "pau-mandados" .Matar passou a me dar prazer. Entrei em Zoran dispostos a matar os setecentos homens do "Marajá" junto com Yaskara que era a sobrinha dele, mas se tornou uma assassina como eu. Cada vez que eu conseguia matar um contingente eu pulava e dava meu grito de guerra! Destruímos juntos; um exército com mais de mil homens.

Yaskara olhava pra mim achando certa graça do meu grito de guerra e eu por minha vez, ria dos cabelos dela que de negros como a noite ficaram ruivos pelo sangue que espirrava dos nossos oponentes. Tínhamos uma coisa em comum, éramos sozinhos no mundo. E mesmo que não tinhamos sempre a companhia um do outro, por nem nos conhecermos antes. Lutávamos bem juntos.

A arma de Yaskara era uma alabarda tão grande quanto ela mesma. Yaskara era encantadora até mesmo banhada em sangue. Quando lutava parecia estar dançando! Claro que uma dança letal!

. Quanto mais adentrávamos a cidade, mais perto estávamos do nosso objetivo. Enquanto lutávamos dizíamos aos soldados que estávamos ali para matar o “Marajá” que era o primeiro ministro! E é claro que o aviso de extermínio na frente da cidade chamou a atenção dos militares

Mas para nós, quanto mais! Melhor! Ainda bem que não éramos nós que limpávamos nossa própria bagunça. Matar já havia se tornado diversão para nós dois.
Para ficar mais emocionante apostávamos quem mataria mais. Eu sabia que era uma competição injusta, porque não foi a toa que eu ganhei o apelido de “O demônio da espada negra”!
Mas, era tudo pela diversão. Yaskara me dizia depois de tanta matança:

♥- Está cada vez mais fácil, Antony!.

Não era pra menos! Já havíamos matado todo o exército do “Marajá” e estávamos nos divertindo com os poucos militares da cidade! Nem tinha mais graça. Quando nós estávamos perto eu disse a Yaskara:

♦ - Prepare-se boneca! O melhor está por vir!

♥ - Como voce sabe? – ela perguntou e eu respondi:

♦ Eu sei do que falo! Surpresas não fazem parte da diversão?

Um sorriso largo se abriu naquele rostinho angelical que nem todo sangue escondia.
Eu não estava certo do tamanho do problema em que estávamos. O que era visível para qualquer um; é que nós éramos letais. Mas o que estava por vir era terrivelmente perigoso. Só que eu com meu grande desejo de vingança nem fazia a ideia do que se apresentaria diante de nós. Minha espada negra vibrava em minha mão com fúria. A lâmina negra forjada por meu pai pressentia o perigo.

Capitulo II

As portas da grande construção do “Castelo Sabusameer” onde residia o “Marajá” depois que roubou tudo do pai de Yaskara foram escancaradas com o chute que eu dei com o salto da bota.
O salão estava repleto de guardas, (mas os guardas não eram o verdadeiro problema)...

Era mesmo uma bela construção com um teto alto de piso de carvalho. As paredes eram vermelhas com diversos itens de ouro que decoravam mostrando a beleza e a riqueza do lugar. Á nossa frente... Uma escada larga e forrada com um tapete vermelho levava-nos até o andar de cima.
Nós subimos rápido! Eu havia prometido a Yaskara que mataria seu parente. Não queria que ela tivesse essa morte nas costas nos seus dias felizes de volta ao seu lar de onde ela não pôde voltar depois de uma viajem à Índia. O Reino tinha sido tomado em um motim. Foi quando o “Marajá” fez toda a covardia e assumiu.

Mas... Quando abri a porta do grande aposento com meu famoso chute com o salto da bota... Me defrontei com uma surpresa... Sentado em uma cadeira confortável e com um largo sorriso nos lábios estava o homem que assassinou meu pai...

Eu senti uma vertigem!
Como o destino pôde brincar assim comigo?  O tio de Yaskara e o assassino de meu pai. Eram...
A mesma pessoa!!!!

Enquanto eu vacilei com a surpresa... O assassino que estava com a mão direita dentro da túnica sacou uma arma e atirou... Yaskara percebeu o movimento dele antes dele atirar e se jogou na minha frente recebendo o tiro no peito... E... Caindo morta no mesmo instante. O assassino sorriu e disse:

- Eu te esperava! E voce sendo filho do maior Mago de Said deveria crer na sua espada! Uma espada forjada por Mansur não vibraria em vão. Ela não queria perder seu amo.

♦- A.. Amo? – perguntei

- Claro! Voce acha que se tornou o “Demônio da espada negra” à toa? Seu pai sabia que eu o queria vivo ou morto e armou voce. Eu coloquei minha sobrinha no seu caminho, para ela te trazer a mim. E deu certo. Agora me dê essa espada.

Eu soltei o corpo de Yaskara no chão... Levantei-me com minha espada na mão, eu estava transtornado! Aquele assassino agiu outra vez e novamente diante de mim.
Ele falou novamente balançando a mão para me apressar...

- Anda! Anda! Me dê logo essa espada!

Eu continuei imóvel com a espada na mão pensando em tudo isso. Porque meu pai não me avisou do perigo antes que ele chegasse?  Talvez porque eu só pensava em mim e em fazer riqueza. O marajá falou sorrindo...

- Ora rapaz! Não fique tão triste pensando que ela te salvou de morrer. Não seja cretino! A arma era pra ela. Eu não precisava mais dela!
Eu precisava de voce vivo para que voce me entregasse a espada. Seu pai foi esperto colocando a magia de jeito que eu eu não pudesse toma-la de voce. Voce precisa dar ela para mim.
Bem entendido! Eu não posso tomá-la de voce, mas posso obriga-lo a me entregar atirando em voce sem te matar. Apenas para te ferir, em vários lugares, te fazendo sentir dores horríveis, começando pelos seus joelhos.

 Ele armou o cão... Pôs o dedo no gatilho... E minha espada vibrou!
Naquele momento eu senti como se alguém estivesse me guiando. Eu girei a espada na mão de uma maneira que eu nunca tinha feito antes. Girei uma, duas vezes na terceira ele atirou nos meus joelhos... Mas eu desviei o tiro com a espada e em seguida atirei-a na direção dele tão veloz que a espada atravessou totalmente no pescoço dele.

O Assassino arregalou os olhos e descarregou a arma por instinto...
As balas passaram de raspão por mim sem me ferir. Em seguida com um ódio mortal peguei a alabarda de Yaskara e com a ponta curva eu furei várias vezes o corpo daquele assassino sangrando-o com ferocidade.

Ele não morreu com a espada fincada no pescoço, isso apenas o deixou sem respirar... Ele morreu sangrando como um porco no matadouro e espetado com a alabarda da sobrinha.
Após terminar com ele joguei-o escada abaixo e coloquei o corpo de Yaskara no leito.
Apanhei um molho de chaves em cima da mesa e procurei os calabouços daquele lugar. Soltei todos que encontrei por lá, enquanto perguntava a eles quem era a Majestade Khayu”. 

Até que o encontrei. Contei a ele por alto o que ocorrera. Ele chorou muito enquanto nos  encaminhávamos até o aposento onde Yaskara estava.
A seguir sai daquele lugar.
Enfim eu tinha me vingado.  Mas do que adiantou? A dor não passou! Piorou porque a minha sede de vingança me fez perder uma pessoa tão querida.

Saindo de lá fui direto para Said.
 Eu tinha uma promessa a cumprir antes de aposentar minha espada negra.
Foi quando mandei o pedido de ajuda a voce. Eu não sabia que voce não “Lia mais as linhas das mãos”  E eu queria saber se seria bem sucedido junto ao tal "monstro" sem Yaskara
 Acontece que assim que cheguei a Said fui procurado por uma pessoa que me deu um bilhete que dizia

- “Antony! Se voce não vier até a “Vereda do sol” Perto do lago, um amigo seu  muito querido será morto! Não demore não sou paciente”.

Como “Vereda do Sol” fica próximo à entrada da “Floresta Negra” Pensei logo que ele falava de voce, Por isso não vim na hora combinada, primeiro eu fui até o local que o bilhete estipulava para que não te matassem.

Chegando lá perto do lago esperei um pouco que alguém me procurasse. Pois eu não tinha outra direção a tomar. O bilhete só dizia perto do lago, mas não dizia em qual parte do lago.
Fiquei o mais próximo da entrada da “Floresta” por dedução.

 Minutos depois, apareceu uma criatura enorme de aspecto bizarro vindo em minha direção... Com passos desengonçados. Ela tinha poucos cabelos na cabeça, um bigode exagerado que quase cobria a boca, as orelhas de abano, e quando chegou perto e abriu a boca para falar comigo...  Eu levei um susto!
Os dentes dele eram tortos e inexplicavelmente separados da gengiva... Pareciam lápides fincadas num solo lodoso de maneira desordenada. Os olhos esbugalhados e do tamanho de bolas de bilhar...
E o nariz... Santo padroeiro! Tinham bolhas de pus prestes a estourar, a baba escorria pelo queixo peludo e cheio de limo. Ele disse:

- Tô sabendo por alto que voce veio aqui acabar comigo!

♦ - Eu? Mas eu nem te conheço!

Ele levantou um cartaz e disse:

- Mas conhece esse cara aqui!

Era o homem que encomendou a morte do "monstro"! Então era realmente um monstro! – pensei.
Eu ia esperar num dado lugar para que o homem me levasse até o seu"monstro" e ele já estava diante de mim. Eu levantei a mão para pegar minha espada que carrego nas costas quando ele gritou :

- ATAQUEM!

Saíram de esconderijos que só podia ser de debaixo do chão dado ao tamanho deles. Surgiram outros "monstro" tão horrendos quanto ele e avançaram em minha direção.
Peguei a espada bem rápido e balancei no ar, por puro reflexo e consegui me livrar de um pesado golpe de uma espada bem no meu pescoço.
Outro deles veio em minha direção correndo abaixado para me cabecear. Eu usei o ombro dele como apoio, como se tivesse pulando um muro, caindo do outro lado de um tronco e me situando melhor no meio de tantos "monstros"

Além de serem bem mais altos que eu eram largos como ogros. Não sei que espécie de criatura eram aquelas. Um deles se jogou por cima do tronco que usei como proteção e eu furei o olho dele com a minha espada... Ele urrou de dor enquanto um outro agarrou meu braço, eu precisei dar um giro para me livrar dele e torci o braço... Ainda bem que foi o esquerdo. Eles usavam espadas pesadas, mesmo sendo lentos eram perigosos por serem muitos.

Peguei impulso em uma árvore caída e me lancei para frente. Nesse meio voo desengonçado cortei fora a cabeça de um.
E quando cai no chão e rolei para não me machucar na queda... Só senti quando o peso de outro monstro caia sobre o meu corpo, peguei a faca que estava no cano da bota, com sacrifício devido aquela coisa imensa sobre mim tentando quebrar meu pescoço. E enfiei com a força que me restava no pescoço dele. O trabuco acabou de desabar em cima de mim, agora morto.

Os companheiros dele o puxaram e jogaram longe para poder terminar o serviço. Meu corpo já estava todo retalhado das espadas deles que zuniam sem trégua.

Diferente dos homens que eu sempre matei em batalhas. Esses pareciam touros e se jogavam pesadamente contra meu corpo. Para escapulir das trombadas eu era pego pelas espadas que sibilavam sem direção.
Foi quando aquele que se dizia “a encomenda” Meteu a mão dentro das calças e tirou uma pistola muito antiga! Arcaica! Além de ter um cão grande e lento demais, provavelmente ele teria que puxar o cão para trás antes de pressionar o gatilho. Eu pensei:

 - “Ainda bem que essa arma é lenta demais”.

Mas o cano da arma dançou no ar e eu precisei ser muito rápido. Me jogando no chão. Dessa vez eu não tive “ajuda” para aparar o tiro com a espada, mas também não tinha tempo para pensar nisso.

Eu já tinha matado vários "monstros" Restava apenas seis. Então algo mexeu na minha mente e eu resolvi atacar o líder deles. O que veio falar comigo no lago e parti para cima dele. O ser monstruoso esbugalhou mais ainda os olhos ao ver minha ousadia em tentar atacá-lo e gritou alto;

- PEGUEM ELE!

E todos vieram para cima de mim, porém, eu não desviei do meu intento. Um deles acertou algo na minha cabeça... Eu cambaleei, mas continuei correndo na direção da "Encomenda"  De repente minha espada vibrou! Eu pensei:

♦- " E agora? O que será que vem por aí?"

Eu continuei minha carreira desembestada na direção da “encomenda”  que estava do outro lado esperando eu ser mortoEu ia me esquivando dos outros "monstros" enquanto eles me cortavam com suas espadas de aço grosso e pesado... Até que cheguei perto e enfiei minha espada até o cabo na barriga esponjosa da “encomenda” e torci para rasgar-lhe as tripas!  Em seguida puxei a espada para continuar a luta... De repente das palmas das minhas mãos saíram fluidos vermelhos. Enquanto o vapor ia deslizando pelo ar girando como redemoinhos vermelhos os monstros iam caindo, um depois do outro. Até que eu estava sozinho no meio de um exército de "monstros" mortos. Fui correndo até o líder que agonizava e blefei:

♦ - Voce viu o que aconteceu! Eu posso te salvar se me disser onde está meu amigo.

Ele me olhou com olhos desesperados, implorando sussurrou:

- Me salva rápido e eu te levo onde ele está.

Eu não acreditei nele! Levantei peguei minha espada e comecei a furar o pescoço dele dizendo.

♦ - Já que voce não quer me ajudar vou terminar o serviço e procurar sozinho.

Ele ficou desesperado e disse:

- Por .... Favor... me ajuda... Eu... Eu... Não raptei ninguém... Eu só usei isso para te trazer aqui...

Meu coração deu um salto de alegria.
E eu acreditei nele. Depois de um suspiro de alívio... Acabei de mata-lo!
Cai sentado no chão, no meio dos "monstros" mortos... Já estava tonto de tanto perder sangue... Quando senti alguém tocar meu ombro. Tremi achando que era mais um "monstro" que eu não havia matado...

Respirei aliviado quando vi que ...  Era o “mandante” que estava do meu lado olhando para aquele "monstro" que matou sua família! Ele estva com ar de felicidade. Depois me disse:

- Era para voce matar só o Gronsh. Mas voce fez um belo estrago aqui.  Cadê a egípcia?

Eu falei que fiz tudo sozinho que ela ficou no Castelo... Ele disse:

- Poxa cara ! Sinto muito! O que voce quer? Pode pedir quanto quiser pelo serviço.

Eu disse a ele:

♦ - Voce consegue trazer alguém dos mortos? Se conseguir é isso que eu quero.

Ele disse que isso não poderia fazer ou teria feito com a família dele. E me perguntou quem eu queria trazer dos mortos. Eu disse que queria trazer a Yaskara. Ele caiu sentado ao meu lado de susto. Pensou que ela tivesse ficado no Castelo. VIVA! Eu contei tudo que aconteceu.
Ficamos um pouco em silêncio e ele perguntou se eu queria que ele me levasse em casa: Eu perguntei:

♦ - Tem como me arrumar um cavalo?

Ele disse que em minutos traria e saiu rapidamente!  Voltou com o cavalo que cheguei aqui.
Eu pensei que  já que o Monstro não te pegou, então voce estaria me esperando. E vim.
E voce ainda estava aqui! Graças aos Céus! E bem!

Dedylson abraçou o amigo que gemeu com as dores no braço que foi torcido. O Cigano pediu desculpas. E Antony deitou na cama de folhas que eu preparei para ele. Pegando no sono logo em seguida. O cigano olhou para mim e perguntou?.

- E agora? Me ajuda a leva-lo ao meu acampamento?

- Não! Vamos ficar aqui com ele. Pela manhã ele estará bem e nós iremos.

- Mas Sigel! E a besta do Lenhador?

- Não se preocupe Cigano! Ela não fará nada conosco.

Como se o grande lobo tivesse nos ouvido... Ele nos avisou que estava por perto....

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- AAAAAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUHHHH
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Uma das melhores coisas nessas aventuras, são os amigos! Conversar, rir e fazer coisas com quem nós gostamos e que nos compreende;.
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